É para se perder a esperança que um dia a Polícia Militar do Rio de Janeiro irá se recuperar como se espera de todo e qualquer presidiário quando sai da prisão. Foram flagrados marginais de farda sabotando os equipamentos de filmagem instalados nos carros de patrulhamento, adquiridos por R$ 18 milhões pelo governo estadual. Violaram o lacre das câmeras para modificar a posição de forma a que não filmassem os PMs nos carros, e até mesmo destruindo o HD que armazena as imagens gravadas, localizado no porta-malas. As câmeras captam imagens em alta definição e passaram a ser uma importante ferramenta no controle da atividade dos policiais, tanto para incriminá-los como também para protegê-los de acusações injustas – mas se a preocupação é forjar auto de resistência, quem irá se importar com acusações que são sempre assacadas contra a tão atacada PM? Além de gravar imagens (inclusive noturnas) e áudio, os equipamentos registram a localização do carro de polícia e mostram sua rota no carro – mas, se mesmo diante de câmeras que registram assassinatos nas ruas, eles continuam a desafiar a tecnologia, é porque querem continuar no crime sequenciado. A revelar homens completamente despreparados em sua formação como ser humano e, que investidos de autoridade, expõem todas as suas deformidades e monstruosidades sem o menor receio diante da pressão que vem da selva urbana, pouco se importando se as câmeras simbolizam os olhos da sociedade sobre a polícia, manifestando comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, como se estivessem garantidos pela impunidade que corrói e exaure o Brasil.
Deixe um comentário