Eduardo Cunha e Renan Calheiros deram continuidade à sua guerra particular com Dilma, mesmo sendo o vice do PMDB e encarregado por ela como interlocutor político do seu governo – a própria mula de sete cabeças. A dupla apresentou um projeto de lei, em caráter de urgência, que reduz o poder do governo nas escolhas dos dirigentes de estatais e bancos públicos e sua influência na gestão dessas empresas. Os presidentes da Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil, BNDES e Correio teriam de ser sabatinados e aprovados pelo Senado, a exemplo dos juízes do Supremo Tribunal Federal. Sob o pretexto de pôr um fim nas indicações políticas dos partidos em cargos diretivos e os propostos terem notória experiência na área de atuação das empresas – o que ninguém pode ser contra – e valendo-se do exemplo pior que foi a Operação Lava Jato, embora essa dupla de malfeitores não canse de interferir na gestão pública como lobistas de interesses privados. Por trás, o verdadeiro motivo é só deixar passar na sabatina se for um dos seus e contar com o seu aval, bem como desestabilizar o governo Dilma ou qualquer governo petista – visando 2018 -, impedindo de pôr sua marca em seu mandato, sabotando a irrigação dos programas sociais ou iniciativas de governar voltado para o chamado eleitor do Lula ou empréstimos destinados a financiar nossa infraestrutura em parceria com a empresa privada, ou mesmo incentivar a privatização da Petrobras. Eduardo Cunha e Renan Calheiros estão no firme propósito de superar o Toninho Malvadeza, personagem criado por Antonio Carlos Magalhães.
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