Bem que Maria Célia me avisou que, com três intervenções espirituais, eu ficaria bom do fogo selvagem – as chagas sumiram antes. O câncer ocasionara um buraco na aura (campo energético que envolve o ser humano) no ponto onde fui operado no intestino delgado, de acordo com o chacra localizado entre o osso púbico e o umbigo, de cor laranja, relacionado com a quantidade de energia sexual e emocional, cuja disfunção pode provocar irritabilidade e má absorção de nutrientes pelo intestino delgado, e por ali entrando energia mal qualificada (toxinas), que baixou minha imunidade e facilitou a ocupação de meu corpo pelo fogo selvagem em dois surtos. Mas foi o emocional, o estresse com a cirurgia que acionou o gatilho. Se não fosse assim, eu não teria desmaiado no banheiro de casa em 16 de agosto de 2015, sentindo-me como um bebê no chão, ao não reconhecer o entorno de meu banheiro por um tempo angustiante, face à minha sensibilidade estar tão à flor da pele com a cadeia de acontecimentos que passaram a reger meu destino, que reagiu manifestando sua estranheza com um curto-circuito (insatisfatoriamente diagnosticado como hipotermia). Menos mal que a torção do tornozelo foi apenas a consequência, quando poderia ter sido fatal bater com a cabeça no chão ou no vaso sanitário com meu corpanzil. Na verdade, foi essa a forma que os mentores espirituais encontraram para me colocar na órbita da Fundação Marietta Gaio e principalmente eu ser objeto de intervenção espiritual nas dependências da Casa para adentrar melhor no mundo da espiritualidade com frequente limpeza do períspirito (invólucro fluídico que liga o espírito ao corpo).
Se é intuição, clarividência, conhecimento antecipado de fatos futuros não deduzíveis logicamente, percepção extrassensorial, telepatia, presciência (conhecimento antecipado do futuro), isso eu não sei. Quem sabe é Deus, que tem conhecimento de tudo o que acontecerá, mesmo para onde se inclinará o livre-arbítrio.
A terceira intervenção espiritual, em 21 de agosto de 2015, se iniciou com cânticos e a leitura do item 20 (“A felicidade não é deste mundo”) do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Tão perto e tão longe da minha Santíssima Trindade. O que fazer para remover as barreiras que não permitem me aproximar e me integrar a ela? Se no livro Eclesiastes está dito que a felicidade não é deste mundo. Nem mesmo juntando fortuna, poder e juventude, se, no meio das classes privilegiadas, pessoas de todas as idades lamentam-se amargamente da condição de sua existência. Qualquer que seja a posição social, cada um tem sua cota de sofrimentos e decepções. Embora não seja uma penitenciária, a Terra é um lugar de provas e expiações, mas não é a única morada do homem, e somente nela, e numa única existência, lhe é permitido alcançar o mais alto grau de felicidade que a vida possa lhe proporcionar. Existem outras moradas para onde o espírito do homem se dirige quando estiver suficientemente purificado e aperfeiçoado.
Na câmara escura, quase não pensei em nada – aliás, o que é recomendado para tirar a pressão da mente. O tratamento espiritual se fez sentir mais intensamente do que nas intervenções anteriores, parecendo que me mergulhou num torpor ou numa moleza advindos de anestésicos espirituais. E trazendo uma sensação de paz interior inigualável, que se estendeu ao final de semana, e a necessidade de um sono reparador para aquietar a alma e a medicação entranhar-se. Até porque também vislumbrei nos mestres curadores um cuidado raro de se encontrar, facilitando minha entrega para fluir o tratamento espiritual através de suas incisivas preces, o que inspira a fé para afastar o Mal para bem longe e purificar o espírito.
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