São inúmeros os escândalos como o cartel de trens e metrô de São Paulo, mensalão tucano em Minas Gerais, Furnas (Aécio) e as privatarias do governo FHC (não foi nem investigado), dentre outros. Não avançam ou são abafados ou mesmo arquivados, notadamente nas instâncias superiores, onde a maioria dos juízes vieram de classes abastadas ou tradicionais no ramo, muitas delas vendo com maus olhos a ascensão social dos mais pobres ou sem influência no meio jurídico, quiçá roubando a vaga de seus filhotes queridos. Sem uma visão social do Brasil, que confundem com socialismo, e de igual valência no meio médico, que rejeita o programa Mais Médicos, por socializar a medicina. É notório que muitos, que serão influentes, seguem a carreira de advogado por status ou padrão de vida elevado, e não pelo senso de justiça propriamente dito ou para lutar por justiça social. Interpretam o regime de cotas como desmerecedor do valor intrínseco que o berço, e sua consequente boa formação, acarretam inevitavelmente aos filhos bem-nascidos, o que faz a diferença e premia um juiz Sérgio Moro como padrão a ser seguido – que fez Joaquim Barbosa cair no esquecimento na galeria de heróis que estão pondo petistas na cadeia. A Justiça no Brasil, do alto de sua cátedra, discursa do seu púlpito de forma tão loquaz contra as disparidades e injustiças, abraçada a um teorismo vazio porque despido de justa indignação contra a segregação que pauta as comunidades e insensíveis quanto ao preconceito que campeia no país, inclusive dentre vossas excelências.
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