O grande vencedor das eleições foi Moro. Dória, como prefeito de São Paulo, vai se contentar em apenas ser uma marionete. O segundo grande vencedor foi Alckmin porque derruba Aécio e se impõe junto a FHC e Serra (considerados ultrapassados) como o verdadeiro representante do capital (Fiesp) em 2018. Moro terá apenas de decidir sobre o que é melhor. Sendo frio e racional, inabilitar politicamente Lula por 8 anos, tirando-o das próximas disputas presidenciais, mas deixando-o vivo para estrebuchar nas disputas sem poder participar. Ou ser emocional submetendo Lula à execração pública com sua prisão, para desmoralizar de vez o mito. A vitória nessas eleições municipais pode vir a cegar Moro e levá-lo à decisão menos conveniente. Mas como ele não é Deus, não terá como prever qual será a reação popular e se isso poderá levá-lo a perder poder, do ponto de vista individual (o pior para ele) ou de quem ele representa. Se Moro fosse sábio, abriria o assunto para discutir com o come-quieto Alckmin, seu grande amigo Dória e a mídia especialista em golpe desde Getúlio Vargas. Gilmar Mendes não serve por ser muito passional e óbvio. Todavia, antever como o povo irá se manifestar, ainda mais com redes sociais, está cada vez mais difícil. Ir com muita sede ao pote pode ter um destino imprevisto nessa novela. O mocinho pode morrer afogado como na novela “O Velho Chico”.
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