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ARES DE SUPERIORIDADE E CINISMO IMPERAM NAS DELAÇÕES GRAVADAS DA ODEBRECHT

O país vem sendo sacudido pelas delações gravadas em vídeo de executivos e donos da Odebrecht, com ares de superioridade em que o cinismo e a frieza de profissionais imperam, tentando jogar a culpa da corrupção nas costas da classe política, execrada pela opinião pública pelos negócios que costuma engendrar sacrificando a população, para se eximir, ganhar a liberdade com pouco tempo de cadeia, pagar multas vultosas com dinheiro fruto do superfaturamento depositado em paraísos fiscais e confessar-se lenientes para garantir a volta ao mercado, posando de bons moços. Como se não estivessem mancomunados com a patifaria; como se a promiscuidade não fosse seu lugar comum; como se a iniciativa privada, que aposta nas obras governamentais, não significasse uma balela para viver às custas do poder público; como estão pouco se importando com o interesse da coletividade, capazes de trair tanto quanto a maioria dos parlamentares, que não se cansa de enganar o seu eleitorado. Estão atirando para tudo quanto é lado político sabendo que vão acertar na maioria, equiparando a propina às doações para campanha política, tornando passível de condenação todos os recursos lançados nessa conta. Sua banca milionária de advogados deu carniça para os lobos famintos se fartarem, delineando uma estratégia que explorou a vontade de condenar do juiz Moro, mesmo que não reúna provas materiais. O objetivo é passar a limpo o Brasil com a metodologia da deduragem na qual o delator se transforma em herói por denunciar os bandidos que saqueiam o país, instalando uma briga surda em que oportunistas se aproveitam para acusar desafetos ou inimigos políticos de corruptos. De modo a instaurar uma república guiada pelo notável saber jurídico da alta magistratura, garantia de boas decisões, sempre justas e adequadas ao espírito da coletividade, como costumam alardear. E ainda dizem que o Brasil continua na mesma se, na sequência do golpe, o plano para o poder se transferir para mãos a salvo de aventuras folhetinescas vai de vento em popa.

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Antonio Carlos Gaio
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