Merval Pereira costura em sua coluna de hoje, de 9/7/2017, a sua verdade dos fatos para a crise política que conturba o país. “Não houve golpe no impeachment de Dilma bem como não haverá o golpe no golpe se Rodrigo Maia vier a ser presidente da República com o afastamento de Temer, pois tudo está previsto na Constituição.” Merval atribui a culpa ao povo brasileiro por ter votado mal (lembrando a imortal apreciação de Pelé na ditadura militar) e os colocados no poder, esquecendo-se de seu rabo comprido que votou no larápio do Aécio, ao participar das eleições com sua visão acurada. “Dilma foi impedida por ter cometido irregularidades fiscais proibidas pela LFR, e foi essa irresponsabilidade que colocou o país na pior crise de sua História.” Merval não usa mais o termo pedalada (que já serviu aos seus fins) e finge que não é da sua lavra fazer uma apreciação sobre a quadrilha formada por Aécio, Eduardo Cunha e Temer para gerar essa crise e depor Dilma. Aécio arrebentou: “Vamos obstruir todos os trabalhos legislativos até o país quebrar e a presidente Dilma ficar incapacitada de governar; ela não conseguirá aprovar nada e fica muito mais fácil de derrubá-la”. O negocista Cunha está preso, criou a pauta-bomba para afundar o país e chantageou a classe política até não mais poder para passar o impeachment. Temer e sua quadrilha do PMDB, logo que entraram em ação, mostraram a que vieram. “Dilma é herança política do padrinho Lula, segundo o MP o grande chefe da organização criminosa que dominou o governo de 2003 até 2016.” Merval roubou essa imagem do Powerpoint do procurador Dallagnol, que se desmoralizou por vender palestras usando sua atividade-mãe, se é que ele tem. “Dilma usou contas de empresários corruptos no exterior como Joesley Batista”. Merval foi desmentido pelo seu colega de jornal Lauro Jardim, no mesmo dia. “Não importa se o PSDB também financiou sua campanha com dinheiro de corrupção, inclusive comprando apoio de siglas, como fez também o PT.” Se o julgamento do TSE era quanto ao abuso de poder econômico da chapa presidencial eleita, pouco importa se Aécio, o perdedor, botou no bolso propina oriunda de doações feitas em favor de sua campanha – aliás, os mesmos doadores do PT. Pensando assim, será que Merval vai dar aulas de como votar melhor para aperfeiçoar nossa democracia?
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