Verdades ditas por um juiz do Supremo Tribunal Federal para outro em plenário com transmissão de TV têm um foro maior de autenticidade porque ambos não possuem a prerrogativa de recurso contra infâmias, pesando verdade sobre as acusações. O ministro Luís Roberto Barroso disparou contra o desgastado Gilmar Mendes um mentiroso; sua notória ligação com a criminalidade do colarinho branco; de mudar a jurisprudência de acordo com o réu que abrace, como se fossem correligionários do mesmo partido, ao arrepio do estado de compadrio, e não do Estado de Direito. Enquanto Gilmar Mendes somente retrucou, a merecer relevo, acusando Barroso, no tempo em que foi advogado, de defender bandidos internacionais – o italiano Cesare Battisti, em vias de ser extraditado para a Itália pelo Temer, reformando decisão de Lula, que lhe concedeu guarida no Brasil. Barroso aconselhou-o a beber na fonte de Chico Buarque, citando: “a raiva é filha do medo e mãe da covardia”. Por Gilmar ficar espumando ódio o tempo todo ao invés de se nortear pelo equilíbrio e hermenêutica própria da magistratura, deixando de se ater ao julgamento em si, falando coisas desarrazoadas e sem a menor articulação. Comentário que pode ser carimbado na classe média golpista, ao ter apoiado com ódio mortal a deposição de Dilma baseada numa argumentação falsa como as pedaladas fiscais, para depois se calar diante das ações de seu candidato Aécio, que levou o PSDB a se acertar com o bandido do Eduardo Cunha para colocar Temer no poder. Tornando-se um “gilmar mendes” qualquer. Um zé mané por ter ido para as ruas vestindo as cores da pátria e lutado, como nunca antes houvera, para dar com os burros n’água.
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