O que está em jogo de manter ou não, pelo Supremo Tribunal Federal, a prisão após as decisões judiciais de segunda instância é se Lula deve ser posto em liberdade ou não, em virtude dele se constituir um perigo real para as forças políticas atuais depois que lograram tirar o PT do poder por meio de um golpe jurídico chulé baseado em pedaladas, muito embora tivessem que engolir um Bolsonaro como presidente e contrapeso. Em favor de manter a prisão vencida a segunda instância, evitar a postergação do cumprimento da pena (que se alonga, por vezes, por mais de 15 anos com bons advogados), ou mesmo a prescrição por decurso do prazo, aceitando a condenação de pronto, no caso de corrupção e lavagem de dinheiro – atingindo Lula. Favorável a não manter a prisão, a necessidade da sentença ser ratificada pelo Supremo para não se correr o risco de cometer erro judiciário ao se impor o cárcere a um inocente. Portanto, diante do exposto, convém deixar Lula preso, muito embora cada vez mais flagrante sua condenação sem provas (eu li a sentença) graças à falta de escrúpulos do ex-juiz Moro, mancomunado com os desembargadores de segunda instância do Tribunal do Rio Grande do Sul e sustentado pelos procuradores da República de Curitiba, inteiramente a seu serviço. Desonestidade essa que irá comprometer irreversivelmente o resto da existência de Moro, como ser humano, ainda mais por ter acelerado o processo para tirar Lula da disputa presidencial que resultou em Bolsonaro, e posteriormente se transformado em Ministro da Justiça de Bolsonaro, de olho em ocupar o posto do próximo decano. Em consequência, a situação se agravou com relação à falta de credibilidade e de ética do Poder Judiciário, quando foram reveladas pelo Intercept de Glenn Greenwald as conversas promíscuas de Moro com Dallagnol, abalando as estruturas da República de Curitiba. Lula Livre representaria a denúncia dessa quadrilha formada no Poder Judiciário e a desmoralização do Supremo Tribunal Federal, podendo acarretar o impeachment do presidente Jair Messias Bolsonaro face ao uso despudorado das fake news para elegê-lo, enquanto o Supremo fazia cara de paisagem. A atuação de Toffoli, como presidente da Corte, entrando em acordo com Bolsonaro para retardar a investigação de seu filho senador no episódio do “laranjal e rachadinha”, sabe-se lá com que motivos, faz o Poder Judiciário se contaminar com o Poder do Bolsonaro, rico em matéria de mentiras, armações, golpes e escroquerias. Seus seguidores acham Bolsonaro um mito porque é malandro, sempre ludibriando e montando ardis. Há quem confunda esperteza com inteligência, quando o que difere é o caráter. Conclusão: a manutenção de Lula atrás das grades é fundamental para a continuidade de patifarias do atual regime em que o uso da força é fundamental para manter a democracia. Abunda incoerência nesse país sem-vergonha.
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