O governo Bolsonaro veio para reformar a Previdência e distanciar a pensão, senão diminuí-la. Terceirizar a economia para liquidar com a CLT e favorecer os patrões. Queimar florestas, exterminar indígenas, prometeu acabar com a bandidagem liberando armas a rodo. Pois bem, paulatinamente, Bolsonaro está sendo castigado e obrigado a rever suas prioridades com a pandemia. O SUS, a caminho da privatização e tão desprezado, passou a ser uma fonte geradora de heróis médicos, enfermeiros, intensivistas e faxineiros (higienização e lixo tóxico). A Ciência, tão ultrajada pelas trevas da pandemia atuando em conjunto com Bolsonaro, agora é merecedora de esperança depositada na descoberta da vacina. O investimento na saúde, tão aviltado pelo neoliberalismo, abriu as torneiras para irrigar hospitais de campanha, respiradores, leitos, equipe médica e EPI’s. O programa de renda emergencial para atender aos desempregados e à força de trabalho não aproveitada com o isolamento horizontal da população e o fechamento temporário de lojas, fábricas e escritórios quando, se pudesse, teria extinto o Bolsa-Família, por ser invenção de comunista. A miséria e a pobreza voltaram a ficar em evidência depois que as políticas de inclusão e a prioridade nos investimentos sociais foram derrotadas nas eleições presidenciais, em virtude da opção por privilegiar armas no lugar de livros.
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