Eis que o presidente Jair Bolsonaro aparece, em visita não agendada previamente, na homenagem ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, na última sessão dele no comando da Corte, em companhia do advogado-geral da União, José Levi, e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Justamente quando o ministro Alexandre de Moraes enfatizava como feito relevante do colega a instalação do inquérito das fake news, que teve como alvo aliados e simpatizantes de Bolsonaro.
– Sabemos o quanto esse Supremo foi ameaçado, o quanto os ministros foram ameaçados e os familiares foram ameaçados. Tínhamos instrumento, dentro da Constituição, que permitiu reação rápida, e só foi possível graças à coragem de Vossa Excelência. Não existe Poder Judiciário independente, autônomo, se seus juízes não tiverem garantia física e moral. E Vossa Excelência garantiu isso a todo o Judiciário.
O petardo explodiu na atual cara carcomida de Bolsonaro, que replicou em sua usual forma de se exceder, sendo grosseiro, inconveniente (em Casa alheia) e ditatorial. De intelecto primário e desqualificado, prefere se divertir com a desgraça alheia do que com o seu próprio prazer. Também pudera, se só é reconhecido pelo seu ódio e rancor do que por sua compostura e inteligência apenas voltada para engendrar armadilhas com que costuma corromper almas pequenas que desejam subir na vida a qualquer preço. Só para deixar bem claro que quem manda no país, com sua tradicional arrogância, é um paspalho que não se cansa de preencher o seu governo com bobos da Corte, dentre civis e militares.
Na solenidade, Bolsonaro lembrou que chegou ao cargo pelo voto, enquanto os ministros do Supremo foram indicados por presidentes da República. Nem assim consegue esconder seu patético complexo de inferioridade perante os que têm mais educação, instrução e cultura, no caso, saber jurídico.
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