Quando o Brasil elegeu Bolsonaro, ninguém entendeu o porquê de porção tão substancial da população pobre ter nele votado. Se sentimento antipetista, beiraria ingratidão com a ascensão social alcançada ou estar pouco se lixando para o coletivo ou não querer se confundir com quem lhe é semelhante por se julgar mais. Se propiciou o aparecimento de uma facção nazifascista, se desconhecia ser tão bem representada na grade da população, desconhecendo no que consiste nazismo ou fascismo historicamente falando e apregoando a ditadura como solução dos problemas brasileiros. Fica mais inteligível se foi um carma a ser resgatado em suaves prestações mensais para nunca mais o Brasil aplicar golpe baixo, muito menos com base em pedalada, que até dá margem a piada quando se estudar isso no futuro, ou mesmo por ter mantido Lula preso para não interferir nas eleições presidenciais, à custa de um juiz (Moro), que faz qualquer negócio para subir na vida, até agir em dupla com Bolsonaro. O que Bolsonaro não podia esperar, em lua de mel com o poder, em pleno resgate da ditadura, seria cair em sua cabeça uma pandemia girando pelo planeta e matando milhares de pessoas. E necessitar de um outro Bolsa Família, programa social petista que execrava como indutor de preguiça a quem não queria trabalhar. O auxílio emergencial, que tirou da invisibilidade brasileiros que não constavam dos cadastros sociais e que fez aumentar a aprovação de Bolsonaro para ele sonhar com a reeleição. O que acorrenta Bolsonaro à obrigação de continuar a pagar o auxílio para se manter no poder. Ao carma do Bolsonaro com a aparição da Covid-19, se seguiu o carma do povão lhe continuar fiel se o Estado, agora seu patrão, na pessoa de Bolsonaro, prosseguir pingando seus dois terços do salário mínimo. Votaram para mudar, sem saber bem o quê, e se tornarem dependentes de um presidente que põe fogo na Floresta Amazônica e no Pantanal, através de seus prepostos madeireiros e mineradores, cujo maior símbolo é a arminha – triste destino. Quanto à nação, seu carma é a perda da relevância e descrédito perante o mundo, o reverso da medalha de quando sediamos as Olimpíadas. Com que propósito? Torná-la mais miserável, servil aos Estados Unidos, alvo fácil dos abutres estrangeiros com a abertura da economia voltada para os interesses de quem a explora. Para resgatar tamanhos carmas, só crescendo de verdade interiormente para não ficar à mercê de fake news vagabundas e ser enganado a toda hora com falsos discursos de anticorrupção.
Deixe um comentário