Como Bolsonaro é fanfarrão e boquirroto, ficou fácil deduzir que o presidente interferiu na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que sustasse e atrasasse os testes com a vacina originada da tecnologia chinesa em combinação com o Instituto Butantã (São Paulo), em prol de sua corrida eleitoral rumo à reeleição em 2022, de modo a impedir que o governador Dória, seu rival, faturasse o iminente prestígio da conquista. Valeu-se de outro Pazzuelo na presidência da Anvisa, o contra-almirante e capacho Antônio Barra Torres, formado em medicina pela boate Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (RJ) e feito residência em cirurgia vascular no Hospital Naval Marcílio Dias. Bolsonaro mesquinho comemorou com “mais uma que Bolsonaro ganha”, chamando de maricas quem não enfrenta a Covid-19, e acrescentando que a vacina poderia produzir “morte, invalidez e anomalias”. Pouco se lixando para o voluntário que morreu, cuja causa, aliás, não tem correlação com a vacina. Somente hoje foi noticiado que o voluntário se suicidou, não informado antes por questão de ética e sigilo de que o suicídio deve se revestir. Bolsonaro perdeu mais uma ocasião de não pagar mico e agravar sua condição de genocida. Quando nosso interesse deve se concentrar em combater a pandemia e salvar vidas.
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