(para Sérgio Gramático Júnior)
Quando a alma deseja
E a cabeça não pensa igual,
Quem será que ganha
No final?
É disputa entre razão e emoção?
Sanidade e loucura?
Ou será que a cura
Está na fusão de tudo isso?
Quando deixamos de ser crianças
Perdemos o compromisso
Com os ensejos do próprio corpo
Louco de tanta individualidade.
Entramos nas caixas-padrões
P, M ou G.
Não há espaço para diversidade.
Não há tempo para elucubrações.
Loucas são as mães e os pais
E a sociedade que nos tira a paz.
Nascemos sabendo
Tudo o que queremos,
O que nossa alma implora
Mas aí educam a gente:
Caduca a mente
E a alma chora.
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