-EUROCOPA, COPA AMÉRICA E PANDEMIA-
A Copa América ficou nas mãos da Argentina quando derrotou o Brasil por 1×0, e no Maracanã, com gol de Di Maria no 1º tempo, em falha bisonha de Renan Lodi. No 2º tempo, perdemos uma chance de ouro com Richarlison, mas os argentinos também, e logo nos pés de Messi que, aos 34 anos, conquistou o primeiro título com a seleção argentina principal, que não ganhava nada desde 1993 – na Copa América realizada no Equador. Tite precisa se arriscar mais se a defensivista Itália se reinventou. Insiste muito com Firmino, Fred, Gabriel Jesus. Se nos faltam craques de maior estirpe, mais um motivo para testar pés de chinelo ou então descobrir novos valores e não ser tão conservador.
Enquanto, superando a Espanha, a Itália se tornou finalista na Eurocopa, empatando de 1×1 no tempo normal e na prorrogação, e decidindo nos pênaltis, graças a Jorginho, jogador ítalo-brasileiro que cobra magnificamente, sempre goleiro prum lado, bola pro outro. Devagarzinho, com a bola morrendo no fundo das redes. Jorginho joga na seleção italiana ao lado de Toloi e Emerson, outros brasileiros naturalizados – não teriam vez na seleção brasileira.
Contudo, foi a Espanha que dominou a maior parte das ações do jogo, criando mais chances, mas não as convertendo. E o futebol pune quem não aproveita a dose de sorte que oscila a cada partida. No entanto, ao treinador espanhol Luis Enrique o mérito pela renovação completa do selecionado e quase ter chegado às finais, quando começou mal a competição, empatando com a Suécia e Polônia e perdendo pênalti. A mesma Espanha que havia sido eliminada precocemente na fase de classificação nas duas últimas Copas do Mundo, depois de se sagrar campeã em 2010, na África do Sul.
A Inglaterra se tornou a outra finalista, dirimindo as dúvidas sobre seu potencial ao derrotar a Dinamarca por 2×1, embora somente na prorrogação.
Mas fez-se justiça no futebol, o que nem sempre acontece. A Itália foi a seleção de melhor desempenho na Eurocopa. Embora tenha empatado de 1×1 no tempo normal, com gols de Shawn para os ingleses e Bonucci, placar que prosseguiu na prorrogação, a Itália venceu nos pênaltis por 3×2. Jorginho queimou minha língua, mas a Inglaterra perdeu 3 pênaltis seguidos cobrados por reservas, jogadores jovens como Rashford, Sancho e Saka, que entraram só para bater pênaltis e sentiram a responsabilidade – erro tremendo do técnico Southgate. A Itália conquistou sua segunda Eurocopa e o seu goleiro Donnarumma foi eleito o melhor jogador da competição.
Nem se compara o nível da Eurocopa com a Copa América. Não dá nem para saída. Brasil e Argentina deu tédio, monotonia pura. A excelência do campeonato inglês, alemão, italiano e francês, atraindo os melhores jogadores do mundo, alçam os padrões do futebol jogado e da organização exibida a um nível que não tem comparação. Não é à toa que a Copa do Mundo, desde 2006, ficou nas mãos da Itália, Espanha, Alemanha e França, enquanto o Brasil foi eliminado nas quartas pela França, Holanda e Bélgica e nas semifinais pela Alemanha por 7×1.
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