Feito à mão,
impreciso, porém vivo,
e metamorfose ambulante,
este poema é melhor
do que aquele que escrevi antes.
Esta quem vos fala
tem sim lugar de fala,
por ser uma mulher
que hoje sabe o que quer,
mas nem sempre soube.
Exatamente por
já ter se perdido,
sabe como explicar,
com a humildade de quem,
como o leitor,
tem o direito de errar
e o dever de aprender.
Por isso escrevo
para mim e pra você
tudo que me transtorna,
transforma,
e assim informo rimando.
Faço um manual sem bula,
poético sem métrica,
feminista sem preconceito.
O carrego no peito
e jorro meu leite
para quem quiser beber.
Não tive filhos,
posso espalhar meu alimento
a meu bel-prazer.
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