“Já começa a ficar cansativo no Brasil ter que repetidamente desmentir falsidades. O slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado pelo Bolsonaro, é: “Conhecerás a mentira e a mentira te aprisionará”. Insulto não é argumento. Ofensa não é coragem. A incivilidade é uma derrota do espírito. A falta de compostura nos envergonha perante o mundo inteiro. É muito triste o ponto a que chegamos. A marca Brasil sofre uma desvalorização global. Não é só o real que despenca. Somos vítimas de chacota e do desprezo mundial. Um desprestígio maior do que o número de mortos pela pandemia, do que o desmatamento da Amazônia, do que a queda na renda nacional, do que o desemprego, do que a fuga de cérebros do país. Salvo o gado que o acompanha, sem saber encadear um raciocínio, seja de que ordem for, e os mercenários alimentados pela monetização da mentira, todas as pessoas de bem têm noção de que não houve fraude através do sistema de urnas eletrônicas e quem é o farsante nessa história”.
A linguagem abusiva costumeiramente empregada por parte de quem detém o poder eleva a temperatura da intolerância, mesmo com a oposição apenas se valendo dos meios legais para reagir. Mas aumenta a carga de ódio entre os litigantes, e a um odor insuportável de cadáveres insepultos – o desvirtuamento do confronto -, que só interessa a quem quer destruir a democracia e nunca teve planos para governar e construir.
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