O brutamontes do deputado federal Daniel Silveira agrediu, em apologia à ditadura e ao AI-5, a Constituição e o STF, com incitação à violência contra os ministros da Corte, em especial o juiz Alexandre de Moraes, ao xingá-lo de marginal, numa linguagem cheia de palavras de baixo calão e típicas de um desclassificado, fazendo jus à pena de 8 anos e 9 meses, perda de mandato e inelegibilidade por 8 anos. Eis que no dia seguinte Bolsonaro resolve indultá-lo, embora ainda houvesse tempo hábil para entrar com recurso. Um ato atentatório contra as instituições, sobejado pela certeza da impunidade de um presidente que comprou o Congresso para não ser alvo de impeachment. Um salvo-conduto para o deputado, esse sim, marginal. Mas, na verdade, chamou Moraes e o Supremo para a rinha de briga de galo e começarem a se bicar de fato. Bolsonaro está testando as instituições para minar o ambiente e enfraquecer a democracia, tentando melar o jogo visando as próximas eleições. Ato confesso de que será derrotado fragorosamente pela pandemia, pela sabotagem à vacinação, pela inépcia na condução da economia, por tacar fogo nas florestas brasileiras, que nem um Nero, incentivar a mineração nas terras indígenas, por arrastar a população brasileira à miséria, pelo total desprezo à cultura e à inteligência.
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