Muitos ainda se perguntam o que vieram fazer aqui na Terra. A título de que foram destinados? Qual o seu papel além de procurar estudar, crescer e desenvolver-se, trabalhar e formar uma família? Baseado na máxima bíblica de “crescei e multiplicai-vos”, seria para enriquecer a depuração e a regeneração da alma humana com o resgate de carmas, de encarnação para encarnação. Trata-se de uma consequência natural ao livre-arbítrio do ser humano por ter sido agraciado com a vida, o nosso bem maior. Não podemos fugir a essa responsabilidade, já que as grandes capacidades que a alma possui nos foram concedidas para fazer o bem.
Mas infelizmente há os que fracassam, prosseguindo experiência afora, de rebeldia em rebeldia. São crentes presunçosos que procuram antepor-se aos Desígnios Divinos, estipulando exigências aos Céus, em espinhosas condições de atrevimento e ingratidão. Outros se lamentam amargurados, tais quais voluntariosos infantes, quando seus desejos absurdos e inconvenientes não são ouvidos. Em tumultuados mundos de ideias que os deixam perplexos e temerosos, assediados por interrogações dolorosas oriundas de seus atos, palavras e pensamentos de cada dia.
Quando basta se tornar humano e essa ser sua missão. Em violento contraste com o se sentir prisioneiro a um mundo que, para se sustentar e sobreviver, precisa do meio material e mais grosseiro de que se tem notícia.
E por acaso estaria Jesus, vagueando e desocupado, na Vida superior? E seus colaboradores diretos cristalizados na ociosidade beata? Se o futuro se avizinha melhor sem a preocupação com as coisas materiais e a dignidade se fazer mais presente na verdadeira vida, que é a espiritual.
Não avançar significa recuar, se acabar por truncar sua evolução ao se deter em dar voltas sem fim, tentando descobrir quem você é e o que veio fazer aqui, enfraquecendo sua trajetória. Não devemos nos precipitar e ficar pensando na próxima encarnação, que extrapola os nossos limites, se nem sabemos como Lá as coisas exatamente funcionam. Para que se preocupar com algo totalmente fora da nossa alçada e sigiloso? Se podemos interferir é com a conduta acertada, não gerar conflitos, ajudar os outros, não viver voltado para si mesmo, até para evitar novos carmas. Essa é a nossa fronteira.
Basta ser humano, a missão.
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