Partiram, mas não se foram. Rita Lee, Gal Costa, João Donato, Erasmo Carlos, Dóris Monteiro, Leny Andrade, Pedro Paulo Rangel, Aracy Balabanian, José Celso Martinez Corrêa, Aderbal Freire-Filho, Antônio Pedro, Claudia Jimenez, Pelé, Léa Garcia e vamos ficar por aí, senão teríamos de incluir Jô Soares, Paulo Gustavo e muitos outros astros que nossa memória não comporta. Alguns partiram cedo demais, não pela idade, e sim porque queríamos mantê-los vivos em nossa lembrança, sempre presentes. Mortos, se distanciam mais. O egoísmo desculpável de quem quer bem a estrelas que equiparamos a entes queridos. Sentimos muito a sua falta. A mitologia grega já contemplava em atos soberanos de Zeus a transformação de ninfas ou outro qualquer ator mitológico em estrelas ou astros a título de ascensão no espírito da hierarquia do mundo de outrora. Afinal de contas, a arte nos faz entrar em contato com Deus através da mais elevada expressão que atinge quando ultrapassa determinados limites que julgamos não acessíveis ao comum dos mortais. O que os artistas desconhecem é terem sido eles os escolhidos para cumprir essa missão transcendental e honrosa de forma a sempre se apresentarem diante do respeitável público ao atingirem o pináculo, o Olimpo dos deuses. E assim nunca sendo esquecidos.
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