Depois da pandemia ter submetido o Japão ao sacrifício, não reconhecido, de ratificar o patrocínio e levar adiante a realização dos Jogos Olímpicos de 2020 em 2021, sem público, as Olimpíadas de 2024 em Paris se converteram no maior espetáculo da Terra, muito impulsionadas pela abertura explorando as belezas da Cidade-Luz e sua importância histórica no contexto do mundo. Mesmo o Rio Sena, comparado com inúmeros rios poluídos no Brasil, deu o ar de sua graça. Sem contar o extraordinário show proporcionado pela evolução de danças em recantos de Paris, no mais moderno estilo e do maior nível artístico, nunca antes visto em exibição ao grande público.
As Olimpíadas ultrapassaram a emoção e a beleza da Copa do Mundo em razão de envidar todas as forças e energias para fazer crescer o respeito ao adversário e às regras do jogo, a lisura propriamente dita em sua disputa. Em suma, prevalecer a ética – o espírito olímpico.
O futebol brasileiro encontra-se em flagrante declínio sob o poder do influenciador Neymar, não tendo conseguido se classificar para ir às Olimpíadas eliminado pelo Paraguai. Acabou sendo ridicularizado pelas meninas, que abiscoitaram a medalha de prata na final diante dos Estados Unidos.
O surfe precisa crescer como esporte. Um surfista como o nosso excepcional e grande dançarino surfando as ondas, Gabriel Medina, não pode ser expelido da competição pela medalha de ouro por não rolar ondas, enquanto o seu rival foi disputar por não ter desprezado uma marola sem vergonha e acumulado uma merreca de pontos.
O judô consiste em lutar durante 5 minutos, vencendo quando se dá um “balão” no adversário e o joga de costas no chão. Mas é um esporte que procura coibir a violência de todas as maneiras em paralelo com a punição aplicada a quem fugir ou evitar o combate para manter a vantagem no placar. Medalha de ouro para Bia Souza.
No vôlei de praia, Duda e Ana Patricia venceram todas as adversárias, demonstrando domínio absoluto e um arsenal incontável de jogadas. Medalha de ouro para a dupla.
Rebeca fazendo frente à americana Simone Biles, o maior fenômeno da ginástica artística desde Nadia Comaneci, medalha de ouro no solo.
As mulheres carregaram o Brasil nas costas. Não é só nas Olimpíadas. O fim dos feminicidas está próximo – 20, 30 ou 50 anos? Não têm legado. Tem mais o que para oferecer? Ereção? Se o crepúsculo do macho já chegou faz tempo.
Deixe um comentário