Materazzi, o grande herói italiano da Copa. Não tem pra Cannavaro, Pirlo nem Buffon. Temperamental, sempre de cara amarrada, chegou a cortar relações com o pai por mais de dois anos. Reserva de Nesta – zagueiro infinitamente superior que se contundiu contra a República Tcheca -, entrou no seu lugar e fez o gol que classificou a Itália para a fase mata-mata. Prejudicou o time ao ser expulso contra a Austrália, mas a Azzurra se safou com a ajuda do pênalti inexistente marcado pelo árbitro no último segundo.
Embora tenha causado o pênalti que Zidane cobrou magistralmente, logo a seguir igualou o placar com um gol de cabeça. Materazzi foi o carrasco da França. Não importa se xingou a mãe de Zidane ou o tachou de terrorista, o fato é que provocou com esperteza a décima segunda expulsão na carreira de Zizou. Abalando psicologicamente os franceses na cobrança de penalidades que decidiu o título e enchendo de moral os italianos, que converteram os seus com absoluta segurança – Materazzi dentre eles.
E nós ainda estamos reclamando do apagão de Ronaldinho Gaúcho e das abobrinhas do Cafu. O bicampeonato estava ao alcance das mãos de Zidane, mas o gesto primitivo da cabeçada nos peitos de Materazzi lhe renderá arrependimento eterno. O que dizer para os filhos da França?
Quem foi que disse que o Brasil não foi vingado? Virou freguês, mas a França tomou na tarraqueta.
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