Pior do que a greve de fome do Garotinho seria uma guerra entre Brasil e Bolívia, conforme os tucanos instigaram, saindo pela primeira vez de cima do muro. Nada como o poltrão do Lula para irritá-los com essa mania de chamar todo mundo de companheiro, tapinha nas costas e outros que tais, alardeando a auto-suficiência de petróleo para depois ser apunhalado pelas costas pelo Índio.
É prática generalizada na América Latina, do México à Argentina, que a raça dos homens adora cantar de galo por essas plagas. Para mostrar que tem aquilo roxo, conforme os jornais bolivianos noticiaram, até com conotações sexuais, que Lula cedeu e se submeteu à Bolívia.
Num planeta cada vez mais globalizado, até a guerra terá de ser extinta, na medida em que ela entra pela TV e sai em nossos lares escancarando como ainda somos bárbaros.
Entre cortar o fornecimento de 75% do gás ao país São Paulo e a Petrobras ser responsável por 20% da geração de riquezas da Bolívia, não cabem mortos como entre americanos e iraquianos. Não cabem soldados nas instalações da Petrobras a evidenciarem um ato de confisco. Não cabe jogar a história da pilhagem da prata e do estanho da Bolívia nos cornos do operário-presidente só porque ele representa o imperialismo brasileiro perante os olhos majoritariamente índios que estranham a alma brasileira. Confusos, sem saber se somos Davi ou Golias.
Quando dependemos de negociação para pôr termo à era da espoliação como regra de boa convivência. Até no rodar a bolsinha esse princípio prevalece. É bem verdade que a Bolívia está cercada de hermanos muy amigos, Chile e Peru não lhe concedem não lhe concedem uma saída para o mar. Mas virar as costas para o Brasil seria um contra-senso para um país que já é isolado na América do Sul e, em seu lendário, um povo que vive no altiplano mascando folhas de coca.
Evo Morales foi eleito com a bandeira de nacionalizar as reservas de petróleo e gás e acabará por desencadear uma campanha no Brasil de “o gás é nosso” para se livrar da dependência estrangeira e incentivar a pesquisa em toda plataforma continental – há males que vêm para o bem.
O boliviano em busca da auto-estima para se sustentar vergou o pau da bandeira brasileira. Nada que não dê para consertar.
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