Com o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República surgiram o indômito Collor, o arquivo morto PC Farias e a Zélia do confisco exilada em Nova Iorque.
O fim do mundo principiou no assassinato do prefeito de Santo André e continuou nas defenestrações de Cristovam Buarque, Benedita da Silva, Frei Betto, Genoino, Delúbio, Gushiken, Zé Dirceu e Palocci. Sem contar a desmoralização de João Paulo Cunha.
Com a gestão neoliberal da economia, Palocci chegou a superar o passado político de que Zé Dirceu tanto se orgulhava, tornando-se o pilar fundamental do governo Lula, graças ao sucesso obtido nas elites, que o classificaram de o melhor ministro da Fazenda de todos os tempos.
Mas Zé Dirceu não enfrentou o constrangimento por que passou Palocci, desmoralizado pelo caseiro que o flagrou freqüentando uma mansão de lobistas – parceiros antigos -, a ponto de perder a cabeça e quebrar o sigilo bancário do cidadão. Até porque negou o tempo todo o envolvimento com o episódio.
O PT não poderia errar em matéria de conduta, o próprio Lula avisou desde o início. Devagarinho, como diria Martinho da Vila, o Brasil vai derrubando a crença na impunidade e o Lula vai ficando sozinho. À mercê dos chacais que venderam a maior parte do Brasil, sumiram com o dinheiro da privatização e agora posam de arautos da verdade e da justiça.
Recomendam algemar Palocci e jogá-lo num camburão a pontapés, vesti-lo com uniforme de presidiário, tamanhos os pecados que recairão, por várias gerações, sobre eternos companheiros, mais que irmãos, que nos levaram a essa crise ética e moral que começou com o escândalo do mensalão. Agora é a hora de apurar tudo até o fim.
A não ser que Lula peça para sair e desista da reeleição.
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