A ONU informa: o governo brasileiro precisa sair do estágio de fazer leis e passar para a prática, acelerando a reforma agrária. Adotar medidas inadiáveis contra o processo crescente de favelização. Os sem-terra e os sem-teto são o resultado de uma discriminação histórica a negros e comunidades indígenas e da marginalização dos pobres. Para acabar com as desigualdades de acesso à moradia e à terra, urge redistribuir a riqueza e mexer na organização fundiária. A estratégia do Movimento dos Sem Terra de ocupar terras não-produtivas se tornou imperiosa para pressionar politicamente a regularização dos assentamentos.
A conseqüência é a feminização da pobreza no país no comando de famílias, ou partindo sozinha em busca do emprego, às vezes no exterior, constituindo-se na principal fonte de renda que alcança pais e colaterais. Trazendo à tona uma das primeiras novidades do século XXI vinda do distante Japão: a recusa ao papel tradicional da mulher em casar, cuidar dos filhos e, pela tradição nipônica, dos sogros, optando pela carreira. Vestiu a camisa de uma sociedade que busca eficiência e capacidade para ver seu valor reconhecido e pediu demissão do marido.
Só falta agora retirar dos ombros da mulher o ônus da reprodução, o que faz crescer a suspeita de que as geneticistas irão se vingar e, um dia, fazer o homem engravidar. Um absurdo que, diante do avanço tecnológico, torna o sonho em pesadelo, dependendo do sexo onde você se encontra.
O que só comprova que otimismo e pessimismo podem trocar de papéis quando bem entenderem. O homem deitado no seu berço esplêndido de privilégios passados não está vendo a banda passar.
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