As filhas de Saddam Hussein descobriram que seu pai, amoroso e de grande coração, foi traído por seus comparsas. Na doce alienação que embala a mulher no casamento muçulmano, ignoram o naturismo, a filosofia surgida na Alemanha que exalta o nudismo, “sem roupa, tornamo-nos mais livres dos preconceitos e das amarras sociais”.
Associam tais práticas a um mundo devasso e desnaturado que Alá condena. Se não fosse assim, não os teria premiado com o ouro negro que abunda em suas areias para diminuir as injustiças na divisão da renda que o planeta apura. Tomam como exemplo o cérebro de Mick Jagger, que troca de mulher tanto quanto parlamentar muda de idéia para reformar o país. Seu critério de alternar beldades que mordiscam sua fama se restringe ao corpo, visualizando as passarelas como trottoir, para escolher a dedo L’Wren Scott.
Filha adotiva de um casal de mórmons, cujos princípios religiosos tangenciam no infinito o islamismo no resguardo e proteção que conferem à mulher e à família. Daí a evasão natural em busca da liberdade de filhos ingratos que se chafurdam no mundanismo do estrelato e do brilho que vulgariza almas que se tornam penadas.
Também pudera, no afã de ficarmos mais inteligentes com tanta informação, a grande oferta nos desnorteia, eventualmente estúpidos para distinguir o caráter das coisas que nos cercam e atraem. A tendência é se deixar levar pelo impulso que nos cega. Pela ilusão que proporciona o sonho de olhos abertos. Cravados no seu próximo, que não é de hoje que suga, chupa, tritura e canibaliza o amor, assegurado pela teoria do descartável.
O que explica a proliferação do mal de Alzheimer. Se a expectativa de vida aumentou, a demência nem se fala. A alienação completa do mundo e de si mesmo com a desmemoriação e dificuldade na expressão. Os neurônios morrem, levando embora dados e lembranças. A nossa coerência.
Sob o pretexto de proteger o país contra o terrorismo, os EUA afugentam estrangeiros, enquanto Reagan descansa da Guerra nas Estrelas no mal de Alzheimer, depois de derrotar o comunismo e derrubar o Muro de Berlim. Sem correr o risco de cair na realidade de que são os americanos, agora, é que tecem a sua Cortina de Ferro.
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