O ministro supremo Gilmar Mendes ficou com uma espinha entalada na garganta, desde que Protógenes prendeu Daniel Dantas, obrigando-o a livrá-lo da cadeia, contra o independentismo de nichos da Justiça que reforçam a igualdade de todos perante a lei. Protógenes tornou-se famoso e palestra Brasil afora, saindo na foto ao lado de Heloísa Helena, recém-filiado ao PSOL, levantando a ira do tucano Gilmar: “servidor público deve ser apartidário!”. Dando um cunho de partidarização à investigação, reforçou os argumentos de defesa do gênio na evasão, insinuando posições ideológicas ou mesmo sentimentos de vingança, verificáveis no excesso de pedidos de prisões preventivas. Esquecendo-se de Jobim, ex-ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal e ministro de FHC, antes, e de Lula, depois – como juiz, deve ter se imposto uma amnésia. Gilmar Mendes julga não ser notório e público de que empresta apoio em comícios, com seu prestígio, à sua família em Mato Grosso, que controla politicamente Dourados, quase que ininterruptamente, desde a ditadura. O governador Blairo Maggi bateu o martelo: “Gilmar Mendes vale por todos os deputados e senadores de Mato Grosso”.
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