Israel encerrou o massacre da Faixa de Gaza nas vésperas de Obama tomar posse. Como aviso para não vir com veleidades de grande estadista e promover a Palestina à nação, com primeiro-ministro do Hamas – em nome das tradições judaicas, todo bom americano deve ser republicano e guerreiro. A destruição que deixou cerca de 50 mil desabrigados, 25 mil casas atingidas e hospitais superlotados sem condições de atender aos feridos é um mero detalhe que o rei Abdullah, da Arábia Saudita, não possa resolver com 1 bilhão de dólares de doação – o petróleo, como pronto-socorro, financia mártires. Se mataram mais de 1.300 pessoas, o castigo não foi o suficiente para compensar os infernais foguetinhos que obrigaram os israelenses a sofrer a humilhação de morar em bunkers, com o agravante de que Hamas se orgulha de anunciar apenas 48 militantes mortos no conflito. Todavia, se crianças judias foram objeto do Holocausto, mais um motivo para inserir no rol das preocupações as eternas vítimas das sandices dos adultos.
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