O Supremo Tribunal Federal, com a decisão de só prender quando se esgotarem todos os recursos, soltando estupradores, estelionatários e ladrões do erário público, se distanciou da realidade e se igualou, em matéria de descrédito público, a instituições como o Congresso e a Polícia Militar. Criaram um sistema penal de história da carochinha, em que tamanha generosidade só se encontra em quem quer ir para o Céu. Assassinos confessos, considerados de baixa periculosidade, terão direito a viver em liberdade até o último e infinito recurso chegar às mãos de tão supremas autoridades. Ao argumento de gente saindo pelo ladrão em cadeias lotadas, sobrepõe-se o aumento de processos que os juízes já levam para casa e não julgam. Justiça seja feita: a Justiça não é a mesma depois de Daniel Dantas.
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