Com 13 anos, digamos, essas crianças já têm relações sexuais como se fossem adultos. Com 14, digamos, alguns querem casar. Surgiu um filho, justo reconhecê-lo e exercer o pátrio poder. Com 16, digamos, decidem sobre a saúde, desde submeter-se a qualquer cirurgia plástica até o aborto. Virar bandido ou cidadão, prosseguindo nos estudos e votando? Contudo, a maioria prefere morar com os pais até que a vaca tussa. Com 35, digamos, se consolidam na imaturidade, cada vez menos donos de seu nariz. Mediante o respaldo familiar, admirados com sua ousadia de saber viver em liberdade e de não estar nem aí pro futuro. A geração dos coroas não teve coragem de chutar o pau da barraca, seus pais os expulsariam de casa. Conformaram-se e comportaram-se dentro dos limites da ética e do escrúpulo. Para não repetir a mesma postura de seus ancestrais, aderiram à lei da boa-vontade, praticam a generosidade e aceitam seus filhos de acordo com a vida como ela é. Para juntos formarem um mundo novo, uma nova família dentro da outra, com os pais se tornando amigos dos filhos, criando os netos, e os filhos se preparando para suceder aos pais, quando adquirirem maturidade.
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