Já nasceu coitadinho. Com o dom de reclamar de tudo. A eterna vítima. Tendo dó de si mesmo. A se sentir perseguido e levar desvantagem aqui e acolá. No mundo é injusto, desenvolveu a autopiedade. Que pena eu sinto de mim! Isso gerou um processo destrutivo, que se enraizou. O câncer que vem do espírito chibatado pelo pensamento negativo, cujos fluidos atingem o corpo físico, provocando a urticária, o coçar ferindo, as lesões alérgicas às intempéries de um presente inclemente. Para suplantar o coitadinho, começou a brincar com a sua própria desgraça para constatar que o mal não é tão feio quanto parece. A fazer ironia com o seu próprio infortúnio para se dar conta de que não está sozinho nesse mundo de Deus. A descobrir seu bom humor – todos têm quando se sentem felizes e cantam no chuveiro; confessam que só dançando alcançam as nuvens. Percebeu que se ficasse pra baixo manter-se-ia por baixo. Melhor do que sentirem piedade de ti é recuperar o bom ânimo por sua própria iniciativa e superar a nossa tendência natural de autopiedade e esmorecimento. Tornar-se-á um espírito benfazejo, cuja influência irradia e vence o espírito do coitadinho.
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