Serra é profissional. Coloca o ex-senador pernambucano Roberto Freire na folha de pagamento do governo paulista, no departamento de águas e esgoto, para, nas horas vagas, ser seu emissário e convidar Itamar Franco para se candidatar a senador pelas Minas Gerais. Na legenda que Roberto Freire preside, o PPS, pois Itamar é inimigo de FHC, desde que o Príncipe pôs sua imagem na face do Plano Real e menosprezou a franqueza do Franco. Serra atinge Aécio, em seus domínios, que reage oferecendo a continuidade de seu governo a Itamar, desde que secundado por Anastasia, seu homem de confiança no choque de gestão. Confiar no Aécio, a raposa que conseguiu dividir o PT elegendo Márcio Lacerda prefeito de BH? Ou fazer parte do convívio com FHC e ter que cumprimentá-lo? Se foi embaixador do Brasil na Itália no governo Lula e vice do Collor, a escolha recairá na que melhor lhe convier. Ao eleitor, que não possui um cardápio rico como esse em proteínas, só resta pesar na balança: é humanamente impossível o passado dar continuidade ao choque presente. Itamar Franco, seja um serrista de três corações; se trair Minas, FHC o receberá de braços abertos!
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