Virgínia não aguenta mais ficar namorando e depois não se casar. Não aceita essa desculpa de que os homens não querem nada. 31 anos, mora em seu próprio apartamento de quarto e sala, nos arrabaldes da Copacabana que não engana. O último que arrumou, há bem pouco tempo, apresentou-a até à família, que a aprovou com louvor. Já dormiam juntos até que, numa noite de lua cheia, combinaram de fazê-lo depois de curtirem programas em separado com as suas respectivas turmas de amigos. Só que Assis foi bater em outra freguesia e parou num motel com uma sirigaita irrecusável, sumindo das paradas. Virgínia, aflita com o desaparecimento no clima reinante de insegurança e o celular dele não retornar, telefonou para o sogro que, incontinente, saiu a ligar para hospital, polícia e necrotério. Não localizado, o pai, sabedor do pilantra que botou no mundo, pôs-se a investigar os últimos gastos do filho no cartão de crédito, pelo telefone. Não deu outra: motel. Se mandou para o Vidigal e deu o flagra. Virgínia mandou o vagabundo rodar na hora e ainda descobriu que Assis cometeu o crime no justo momento em que se recolheria aos costumes. Faltou descobrir se a puta safada rodava a bolsinha do lado de fora de seu prédio ou dentro de seu lar. Prevê-se caça às bruxas.
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