O cidadão sai sozinho de seu escritório para estender sua rotina de trabalho num bar, bem ao seu lado. Com o bar todo vazio. Dispara do celular, a três por dois, para seus contatos e entabula conversações e acerta negócios com uma riqueza de detalhes que não interessaria nem à galinha do vizinho. E nós que queremos espairecer as ideias e descontrair, bebendo e beliscando, temos que aguentar essas figuras desagradáveis e inconvenientes, que adoram seu umbigo para trocar ideias. Afinal, devemos parecer educados para não nos carimbarem como estressados. Quando dá vontade de dizer que invadem o espaço alheio como hackers e apagam as ideias de nossos cérebros. Empesteiam o ambiente com seu vírus suíno. E deixam um rastro de desinteligência, onde pontuam a aridez burocrática e a malquerença conosco. O protótipo do divórcio com o meio. Metidos a alguma coisa que jamais serão!
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