Movida pelo ódio e inconformismo com que se expressa e desaprova um governo popular, a classe média pouco dá valor à economia crescer e atender as demandas de grande parte da população. A maior atenção aos que se encontravam fora do mercado de trabalho, por falta de um nível de instrução adequado, ou mesmo aos do emprego informal, estendendo direitos aos habitualmente excluídos por inércia ou de caso pensado, classificados de “inimpregáveis”, acabaram por revoltar segmentos da classe média quanto aos inúmeros mecanismos de distribuição de renda: “Por que privilegiar os que possuem uma formação e base educacional inferior? O governo Lula foi mestre em tirar vagas nas universidades de estudantes mais capazes para favorecer os chamados filhos do Brasil”. Exigem que se retorne ao cumprimento da lei da seleção natural de Darwin, somente aplicável aos irracionais, prosseguindo na exclusão dos menos capazes e preservando os direitos dos filhos da classe média. A adesão a critérios que reforçam o dogma da superioridade que se origina do berço, sem ricos ou aristocratas serem, em confronto com a adesão crescente do povo a projetos de justiça social. O maior fantasma é o comunismo ter sido enterrado em cova rasa.
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