Os governos como as pessoas têm que ter honra, caráter, índole, brio, compromisso – só faltou não vender a alma ao diabo, além de omitir as dezenas de CPIs enterradas na Assembleia Legislativa – um teatro de marionetes em suas mãos. Não cultiva escândalos, conivência com malfeitos, roubalheira, nem o silêncio da cumplicidade. A exemplo de como costuma não mencionar FHC em seu discurso, passou uma borracha na origem do mensalão no PSDB de Minas e em Arruda e o mensalão do DEM, seu fiel aliado. Repudia a espetacularização, a frivolidade das bravatas e o protagonismo sem substância que alimenta mitologias – um petardo em Lula, da marca de seu honorável confederado Cesar Maia e seus milicianos de partido. Quem conhece Serra sabe que ele não faz nada sozinho; trabalha em equipe para que a imagem de sisudo, pessimista, notívago deprê, omisso quando lhe convém e vampiro não cole nele. Quem conhece Serra sabe que ele não atira para tudo quanto é lado a buscar mais holofotes e ser notícia. Como Jânio e Maluf o foram na terra de gente boa. Só que São Paulo não é mais a terra da garoa. O falso moralismo a obscureceu e atraiu chuvas pesadas que a açoitam e inundam constantemente. O compromisso de Serra é conduzir a arca de Noé, como presidente do Brasil, a um lugar seguro – livre da lama da corrupção.
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