Para se fazer um filme sobre Chico Xavier, não é necessário ser espírita. Mas, se não acreditar muito na vida após a morte, não se consegue transcender conforme a doação, humanidade e tolerância de Chico Xavier pedem, com a mesma humildade com que Ângelo Antonio o personifica e nos surpreende. No mesmo padrão de excelência, Nelson Xavier o eleva à condição de santo homem, que só não foi beatificado pelo Vaticano por não ser padre e a Igreja não conversar com os espíritos, como bem o fez Chico Xavier. Ensinando-nos a não se desesperar com a perda do ente querido para que o espírito possa prosseguir e ingressar feliz no Plano Espiritual, mesmo porque lá continuaremos mais do que vivos e ajudando de uma lonjura que se torna próximo, se houver amor e fé. O que deve ter motivado o aviso antes do filme de missão impossível retratar toda a vida e obra de Chico Xavier. Não levaram fé no Chico que, por ser muito maior do que o filme, compensaria todas as falhas porventura existentes, a ponto de calar a plateia com o seu espírito de sacrifício de não pensar em si e de sua crença num novo fim. Para uma sociedade viciada em consumir, onde não cabe a morte em seus planos, só resta o silêncio mortal.
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