A França, que já foi vista por saber conviver com as diferenças, e elogiada por seu caráter multiétnico – negros, brancos e muçulmanos -, está confusa sobre sua identidade e desconfortável com as atitudes dos filhos de imigrantes, cuja perda de rumo, observada em guetos de subúrbios parisienses, revela um desprezo pelo passado do berço da cultura, por associarem a um colonialismo que seus antepassados sofreram, ainda presente dentro da própria França. Consubstanciado e ratificado a cada eleição, só lhes restando a desobediência civil, movidos por outra nacionalidade que têm no coração. Não mais de sua pátria, ou de suas origens, em busca também de uma identidade que não a de pequenos encrenqueiros ou escória como são rotulados pelos racistas, que não veem com bons olhos os bairros proletários e as famílias de imigrantes. Por serem incapazes de respeitar a velha França. Respeitável e venerável, ou antiquada e anciã?
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