Seria trágico, se não fosse cômico. O preço que se paga por uma democracia. Todos têm o sagrado direito de se candidatar a cargos eletivos, desde que com ficha limpa. Mas deveria ser também assegurado o direito de agulhá-los, dentro do saudável espírito de humor com que certos candidatos se exibem no programa eleitoral. A começar pelo Tiririca, que traiu a classe dos palhaços comediantes e se debandou para o outro lado. O estilista Ronaldo Ésper, querendo tirar uma casquinha no vácuo deixado pelo Dener, costureiro eleito numa avalanche de votos. Mulher Pêra, Mulher Melão e a missionária Myrian Rios, jogadores de futebol como Romário, Bebeto, Marcelinho Carioca, Túlio Maravilha e Vampeta, boxeadores como Maguila e Popó. Juca Chaves, que sempre sacaneou os políticos desde JK, o presidente bossa nova. Exploradores da imagem do falecido Enéas. Mas o número 1 é Paulo Skaf, presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e candidato a governador da terra boa pelo Partido Socialista Brasileiro. Um dos dois não está batendo bem.
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