As mulheres estão se cansando. Nota-se um progressivo aumento de mulheres que vêm desistindo de homens por terem se cansado de sua insensibilidade, senão grosserias, além de não tê-las bem compreendido conforme seu enorme quadro de transformações. O que as torna um ser completamente diferente do perfil que eles estão habituados a comprar. Pois duvidam se nelas prevalece a mentalidade antiga de suas mães ou o rolo compressor dos novos padrões. Com tamanho grau de conservadorismo, completamente inadequado às exigências da mulher independente do século XXI, à medida que elas os rejeitam, vão sendo empurradas para se tornarem lésbicas. Até por falta de homem no mercado à sua altura. O mesmo falo que dá prazer ao penetrar fundo em sua alma, as agride sem dó nem piedade quando não mais se excita com elas e, ainda por cima, as incita a procurarem suas iguais, que captarão melhor a essência feminina e lhes retribuirão com maior êxtase. Se o hábito não faz o monge, onde pode ser tudo menos um frade, por que não despir o homem e desfazer o mito de que a mulher precisa de um pau? Se o pau não canta mais como outrora e o mundo precisa do toque feminino que exige tato e sutileza que não se encontram na virilidade – que, no passado, fazia a mulher suspirar. Haver afinidades para decifrar a complexidade em que hoje nos emaranhamos já briga em pé de igualdade com o tesão. Pouco a pouco o pênis perde sua potência no contexto de mulheres que sabem se explorar com mais amor e entrega.
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