O ser humano é incansável. Depois do submarino, escafandro, batiscafo, o robô submersível Alvin, que já andou pelos restos mortais do Titanic no fundo do Atlântico, atinge a maioridade revestido de titânio para suportar a pressão brutal de 6.500 m de profundidade e lá permanecer mais tempo, o que lhe permitirá vasculhar 98% dos oceanos. Sob a ameaça de a China anunciar o desenvolvimento de um minissubmarino do mesmo porte para realizar prospecções de recursos minerais no subsolo marinho e descobrir novas riquezas – a exemplo do pré-sal no Brasil. Enquanto a China procura explorar com os pés no chão, os EUA correm atrás de um mundo novo por descobrir. Fontes hidrotermais, de origem vulcânica e que liberam água fervente, num ambiente na mais profunda escuridão, onde uma fauna desconhecida de numerosas espécies de moluscos e crustáceos, vermes coloridos de 3 metros de comprimento e bactérias fluorescentes coabitam. Onde o céu do fundo do mar não se diferencia do céu do espaço sideral. Onde Deus, em corpo vigoroso, retorcido e retesado no ato da criação do Universo, estende a Adão o toque vivificador de Sua mão, tocando os dedos ainda inertes do primeiro homem na face da Terra – assim concebido e pintado por Michelangelo na cúpula da Capela Sistina do Vaticano.
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