Sim, te quero. Ok, te espero. Saiba que não é sincero o meu desespero, meu destempero, minha total falta de zelo nessa busca louca, que ofusca minha vista. Por mais que eu resista, e por vezes desista, minha vontade sempre grita mais alto – fato – e assim eu me mato aos poucos, morrendo e renascendo em outros corpos, afoitos, que me pegam emprestado. Me prestando a fazer tudo errado de novo.
Vivo uma sucessão de sobressaltos. Por vezes caio do salto, e noutras horas me mato, num salto desgovernado rumo ao precipício. Tem sido assim desde o início. Parece que não vai ter fim. Assim… Você não é o erro. Está em mim, no berro represado. Na voz fanha, sem manha, arranhando minha garganta. De nada adianta tentar falar. É uma dor sem cura. É interminável a procura por um Deus só meu. Como posso se sou ateu?
Deixe um comentário