Serra é mesmo um articulador político incompetente. Fez seu vice Kassab, do DEM, se eleger prefeito de São Paulo em 2008, derrotando o tucano Alckmin, sabedor de que a maioria do eleitorado paulistano sempre assina embaixo do que Serra prescreve, somente para ver derrotado o PT, Lula, Marta, José Dirceu. Foi uma traição partidária que humilhou Alckmin, ainda mais que Kassab deu uma banana pro DEM e criou um novo partido, o PSD, tentando se apropriar da grife de Juscelino Kubitschek. No entanto, vingança é um prato que se come frio: Alckmin está defendendo com entusiasmo a candidatura de Serra a prefeito de São Paulo, em 2012. É o candidato mais expressivo do PSDB paulista e o único capaz de neutralizar Kassab, garantindo a vitória antecipadamente. De novo. Sempre que Serra é derrotado pelo PT de Lula e Dilma e fica desempregado, faz-se necessário encaixá-lo no primeiro mandato disponível. Só que, dessa vez, Serra não mais poderia largar o mandato de prefeito pela metade como em 2006, quando saiu para disputar o Palácio dos Bandeirantes. E veria sua última chance de se candidatar à sucessão presidencial em 2014 se esfumaçar e a de Aécio sobressair. Serra está pagando por todos os seus pecados. Assinar promessa em cartório e não cumprir o mandato, o pior deles.
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