Se tem uma coisa que ainda não mudou na vida é fulana roubar o namorado de sicrana e o trauma jamais ser esquecido. Mesmo depois de anos nos quais a ofendida já se casou com outro ou tenha se deliciado com diversos parceiros. Não há perdão para a perfídia, ainda mais se for amiga ou colega. Se pudesse, a traição teria se transformado numa vendeta e contratado um pistoleiro para apagar a rival. Basta rever a figura da ladra safada para a fúria voltar a crescer. Por mais que tenha rolado um liberou geral nos costumes e a sexualidade não pare de se reinventar, ninguém aceita que se lhe roube seu homem. Aquilo fica gravado no seu inconsciente como se fosse um pesadelo a te martelar, com certa frequência, mesmo que você descubra que valeu a pena ter perdido aquele estrupício. Você jamais desculpará aquela sirigaita que ousou entrar em seus domínios, como se fosse uma ave de rapina, e tirou o doce de sua boca. As mulheres seguem à risca o princípio fundamentalista cristão: o que Deus une, o homem não separa.
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