O pastor da Igreja Assembleia de Deus, que se tornou especialista como juiz em anular união de casal gay, garante não ser homofóbico e sim defender a família entre homem e mulher: a única união capaz de gerar prole. Sua cabecinha, que não permite outra moral nem outro mundo, não aceita a situação de fato em que uma do casal lésbico engravida, não importa a que título e com o reprodutor não dando mais as caras, com ambas resolvendo assumir o filho, cuja criação não passará pelo crivo moral do juiz mineiro de Uberaba, produzindo efeitos jurídicos como o da herança. Querendo o juiz ou não, isso é um casamento gay, ainda não lavrado em cartório. No entanto, Jeronymo, o herói do sertão dos tempos de radionovela, sentenciou que o casal gay não é uma família. Desconhecendo a mãe ceder ou se declarar incompetente, formando um triunvirato em que, na prática, os gays é que exercerão o pátrio poder com consequência direta na educação, sem que isso implique no filho seguir a cartilha homoafetiva, por mais que o juiz não acredite. Agora, filhos de mãe solteira, mesmo que não tenha o pai registrado, isso o machão aceita, pois não? Em que mundo o juiz pensa que vive? Não é num mundo globalizado se ainda exemplifica com ilha do Pacífico, onde se isolaria 10 homossexuais que fundariam a nação gay, mas que não subsistiriam por mais de uma geração pela razão óbvia de não gerarem filhos entre eles. Se faltou com isenção é porque parte do princípio de que juiz medroso ou covarde não tem condições de vestir a toga. Diante da desagregação familiar em níveis que põem em xeque os fundamentos da instituição, tudo o que não precisamos é de um irmão coragem e sim de maior conhecimento sobre o que levou o Amor a ser tão maltratado assim.
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