Segundo a defesa de Roberto Jefferson, não consta da acusação do Ministério Público nada que prove a existência do mensalão ou mesmo de algum esquema de lavagem de dinheiro para a compra de votos parlamentares. Embora Jefferson tivesse denunciado um esquema sistemático de compra de votos na Câmara, que resultou em sua cassação pelo fato do próprio informante estar envolvido, ele agora nega o mensalão. A despeito de sobrarem evidências nas promíscuas relações com o ex-carequinha Marcos Valério, o denunciante, também réu, tira o corpo fora e lava as mãos. Mente de modo a constranger Deus Nosso Senhor Jesus Cristo? Antes ou apenas depois? Só duvida quem meteu a mão na massa. Roberto Jefferson, que chegou a ser aplaudido em aeroportos por cidadãos cansados de Lula, mente por princípio ou somente de princípio? Ou como é natural em todo réu que se preze? Ou por ser a tônica de sua vida? Ou por ser advogado e não se ver obrigado a falar a verdade? Salvo por juramento ou vontade de levar Zé Dirceu consigo para o inferno com a condenação. A resignação de Jefferson com o seu fim, apenas se vier a morrer abraçado a José Dirceu. O ridículo tenor foi o advogado de Collor que o livrou das acusações perante o Supremo, trazendo-o de volta ao nosso meio político.
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