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KADAFI CHAMA O SÍRIO ASSAD PARA LHE FAZER COMPANHIA
Bashar al-Assad, o presidente sírio, pouco a pouco, vai se igualando ao Kadafi, seu falecido companheiro e igualmente promotor de massacres contra o seu próprio povo. Pois Assad chega a caçar dissidentes até no exterior, quando não persegue e tortura seus familiares na própria Síria. E está pensando em usar a força aérea para dizimar a oposição. Se ainda não o fez, é por temor de terminar seus dias bombardeado pela OTAN, tal como Kadafi. A situação se encaminha para um confronto entre as tropas do governo e os desertores do Exército, que estão engrossando consideravelmente a resistência armada nas manifestações populares. Assad joga com aliados como o Irã e a radicalização dos movimentos libanês Hezbollah e palestino Hamas para se opor aos inimigos que lhe fazem fronteira: Israel, fiel aliado americano, e Turquia, integrante da OTAN, que está acolhendo ativistas anti-Assad. Assad alardeia que só o seu clã para manter a segurança necessária em uma região infestada de terremotos políticos – desde que continue agarrado ao poder -, pois nele reside a falha geológica que pode detonar a hecatombe que corresponderá a dezenas de Afeganistão. Os regimes autoritários árabes estão provando do seu próprio veneno, só lhes restando acenar com sua principal arma: o apocalipse.
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Antonio
Carlos Gaio
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