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A VELHA GUARDA DA JUSTIÇA QUER MUDAR PARA CONTINUAR TUDO NA MESMA

A ministra corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, foi acusada de quebrar o sigilo de dados bancários de 231 mil integrantes do Poder Judiciário, dentre juízes e serventuários, sem ordem judicial. No papel de promotores, os juízes querem colocar Eliana Calmon no banco do réu, quando os litigantes em questão são todos magistrados. O fato de os togados não terem patrão para demiti-los, a bem do serviço público, quando roubam, dá margem a classificá-los numa classe tão superior e irremovível que necessitam de três entidades para representá-los em demandas judiciais. Não estão nem um pouco preocupados em retroceder aos tempos da caixa-preta da corporação e, muito menos, com a credibilidade do Poder Judiciário perante a opinião pública – somente com o jurisdicismo, onde eles se agigantam e são absolutos. Eliana Calmon apenas cumpriu com suas obrigações no CNJ, previstas na Constituição, quanto a coibir a ganância de certos juízes que chegam a vender sentença ou libertar políticos corruptos. A obrigação de extirpar a corrupção do Judiciário! Senão, cadê moral para julgar o malandro, o bicheiro, o Daniel Dantas, o delegado, o comandante de batalhão da PM, o José Dirceu, o mensalão e as privatarias tucanas? Movimentações financeiras acima de R$ 250 mil já é motivo para desconfiômetro. 3.438 cidadãos de bem caíram na malha, mas apenas uma mixaria de 233 de 22 tribunais serão investigados. O que não quer dizer que tenham culpa no cartório. Apenas faltaram, por exemplo, com a obrigação de apresentar declaração de imposto de renda para a corregedora examinar se o acréscimo ao patrimônio condiz com os seus rendimentos. Uma sonegaçãozinha básica, que não faz mal a ninguém. A maior gritaria em oposição à quixotesca bandeira de Eliana Calmon provém do meio judiciário de São Paulo, o estado que mais reclama de corrupção em governos petistas e da carga tributária elevada.

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Antonio Carlos Gaio
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