Você já pensou em se sentir à vontade em tudo quanto é canto e, ao mesmo tempo, nada satisfazê-lo? Indo de festa em festa, de bar em bar, de cinema em cinema, de mulher (de homem) em mulher (em homem). Cada alegria colhida o impulsiona a desejar outros paraísos artificiais. Dançando e trocando ideias madrugadas a fio, cada vez menos compreendido no seu descaminho. Cada vez mais enlouquecido com os seres humanos e com a vida. Com o desejo de querer se explicar ir se esgotando. Sujeito ao violento abandono e sendo levado pelos arroubos ao extremo da fadiga. Por ter de se lançar no dia seguinte à mesma rotina e chegar aonde? À inadaptação por não ser compreendido em seus queixumes e ir ferindo sua alma, cansada de tantas lutas por se deparar diante do mesmo problema todo dia, movido por uma impulsividade que só faz acumular erros e afastar quem poderia lhe ajudar, já que não estamos sozinhos. Todos padecemos desse mal, seja em doses cavalares ou de forma sutil.
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