Até que enfim Collor deu uma dentro! Requereu à CPI para que a Polícia Federal enviasse uma edição em separado de todas as gravações contendo conversas telefônicas do jornalista Policarpo Jr. com Cachoeira ou membros de sua máfia. Claro que assim agiu por vingança contra a revista Veja, considerando-a responsável pela sua deposição, quando seu irmão e o seu motorista é que o expulsaram da vida folgada que desfrutava na Presidência da República. Mas a finalidade seria comprovar de vez as armações ilimitadas de Cachoeira com fins notórios de prejudicar os governos Lula e Dilma, mancomunado com a revista, que exploraria os escândalos e ganharia bom dinheiro com a boa-fé do leitor. Contudo, Miro Teixeira, lembrando-se de seu passado jornalístico e político ao lado de Chagas Freitas, governador aprovado pelos militares com o polegar pra cima à época da ditadura e proprietário do falecido jornal O Dia, blindou a mídia e preservou a fonte (Cachoeira) em defesa da liberdade de imprensa. Nada como a CPI para ratificar que Miro Teixeira é o lobista da mídia junto ao Congresso. Permanecendo a questão: se um amor bandido é aceito a contragosto, por que não uma fonte marginal e contraventora para alimentar a respeitabilidade da grande e antiga mídia em defesa de sua linha editorial?
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